quinta-feira, 13 de março de 2014

Podemos adiar a morte?


Taíz Carmisini

Cada vez mais a morte está perto da nossa vida. Seja alguém da família, ou alguém conhecido, até mesmo alguém que nunca vimos. Sempre ao ligarmos a TV podemos ver a noticia de alguém que morreu. Crianças, adultos, jovens, idosos, dizem que a morte não escolhe nem hora, nem lugar. Sendo nessa situação, durante a notícia da morte que paramos para pensar sobre a morte. Principalmente quando é o caso de um jovem, por exemplo, quando um jovem morre por causa de acidentes causados pela falta de prudência, pelo consumo alcoólico, e o uso de alta velocidade. Isso provoca uma comoção da sociedade.
São nesses momentos que vem a nossa mente várias perguntas. Tão novo e agora morto? Se ele não tivesse bebido, não teria morrido? Será que era a hora dele? Será que isso vai acontecer comigo? Ele foi para o céu, pois era um menino bom? São essas perguntas que assombram a mente das pessoas. A morte causa pânico em algumas pessoas, algumas nem querem pensar nisso para não “atrair” a morte. Mas podemos ter certeza que se estamos vivos vamos a algum momento morrer. Só que ninguém sabe quando isso vai acontecer.
Como dizia Montaigne: “A vida em si não é um bem ou mal. Torna-se um bem ou mal segundo o que nela fazeis”. Para ele, não podíamos dizer que iríamos estar mal, que iríamos morrer bem ou mal, mas sim morreríamos pelo fato do que fazemos. Se nos comportamos com prudência, cuidando da nossa vida, não vivendo uma vida loca, sem limites, regras, vivendo como se hoje fosse o ultimo dia, teríamos uma vida boa e assim poderíamos viver bem até chegar a hora da nossa morte. Em outras palavras, o que fazemos durante a vida, reflete na nossa morte, sendo antecipada ou adiada.
Temos a concepção de que um dia vamos morrer, isso é um fato, mas podemos evitar, adiar a nossa partida, através de cuidados na nossa vida. Por exemplo: não sair dirigindo em alta velocidade, não beber, fumar ou usar drogas, não pensar somente no hoje fazendo qualquer loucura. Devemos nos preservar, cuidar com nossos atos, pois eles refletem diretamente na nossa vida. Cada um de nós é responsável pela nossa vida e pela nossa morte.
Mesmo com nossa morte física, que pode acontecer por acidentes, por doenças, por causas naturais, há pessoas que querem evitar ela, ou até mesmo algumas adiantar essa morte. Há casos de pessoas que são desenganadas pelos médicos, no qual a família opta por desligar os aparelhos que deixam a pessoa viva, matando-a, há casos de pessoas que sabem de sua morte, que são doentes terminais que só esperam conforto da família até na hora da morte.
O pior de todos os casos são as mortes simbólicas, no qual a pessoa esta viva, mas está se “matando” ou acha que não vai viver mais por causa dos problemas. Nesse caso há vários exemplos, desde a dor da perda, seja a morte de alguém como até mesmo a perda de um namorado, por exemplo, tem o descaso com a saúde que é uma morte lenta feita aos poucos, desistir de viver, de seguir sua vida isso tudo são formas de mortes comuns, mas não morte física, mas sim mental.
Não sabemos se ao morrer vamos para o céu, inferno? Não sabemos se ao morrer nossa alma continua vagando pelo mundo? A morte causa tantas duvidas que deixe as pessoas assustadas, com medo do desconhecido, pois a morte é algo que ninguém consegue explicar, que ninguém consegue saber. Cabe então a cada um de nós cuidarmos da nossa vida, cuidar da nossa saúde, vivendo o hoje, mas sem interferir no amanhã e nem prejudicando ninguém. Não importa seus problemas, sua idade, sua vida, todos nós devemos viver até o ultimo segundo possível e para isso só precisamos usar a prudência.

Aluna Taíz Carmisini
Terceiro Vespertino

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