Cuidado com a “Casa
Comum: nossa responsabilidade”
uma Campanha da
Fraternidade Ecumênica
Prof. Mauro Sérgio Santos
Quero
ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca
Am
5,24
“Fica decretado que agora
vale a verdade, que agora
vale a vida e que de mãos dadas trabalharemos todos
pela vida verdadeira”
vale a verdade, que agora
vale a vida e que de mãos dadas trabalharemos todos
pela vida verdadeira”
(TIAGO DE MELLO)
O COMIC
(Conselho Mundial das Igrejas), o Conic (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs)
e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realizam, em 2016, mais
uma CFE (Campanha da Fraternidade Ecumênica).
Como o tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e como lema o seguinte trecho do livro de Amós “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24)
As Campanhas da Fraternidade ocorrem desde a década de 1960. No entanto, a primeira Campanha da Fraternidade ECUMÊNICA foi realizada em 2000, à época, com a temática “Dignidade Humana e Paz” fazendo alusão ao segundo jubileu milenar da era cristã. A experiência ecumênica se repetiu em 2005 e 2010 com os temas “Solidariedade e Paz” e Economia e Vida”, respectivamente.
Nos eventos e atividades deste ano, reflete-se acerca de duas dimensões existenciais essenciais, quais sejam: o cuidado com a criação e a luta por justiça.
Tudo está conectado. O bater de asas de uma borboleta influencia no movimento dos astros. A extinção de determinada espécie causa prejuízos ao conjunto de uma cadeia. O luxo de alguns é a causa da miséria de milhares. Situações diversas de injustiça, intolerância, fundamentalismos, atitudes insustentáveis, educação de má qualidade, miséria, desrespeito aos direitos humanos e aos dos animais, colonização econômica, governos ditatoriais (...) tudo compromete a qualidade da vida na casa comum, Gaia, a Terra.
Assim, afiguram-se necessárias, cada vez mais, atitudes locais associadas a um pensamento global. Uma consciência amplamente ecológico não prescinde de três preciosos princípios: 1- Dar o peixe. 2- Ensinar a pescar. 3- Lutar para que o rio continue tendo peixes para todos. 4- Garantir a continuidade da existência do rio.
Programas assistenciais, distribuição de renda, reforma agrária, programas habitacionais, saúde, atenção diferente para os diferentes... Educação de qualidade, geração de empregos, qualificação do trabalhador, salários dignos... Consumo consciente, economia solidária, incentivo ao cooperativismo... Garantia da biodiversidade, uso racional dos recursos naturais, consciência ecológica global, preocupação efetiva com as futuras gerações; reciclagem, redução do consumo e reutilização de utensílios e recursos não renováveis.
As legislações penais, civis, trabalhistas, tributárias, ambientais não se dissociam. Os direitos humanos devem ser pensando em confluência em relação aos direitos dos animais. O assassinato de um ser humano é um atentado, não apenas contra toda a humanidade, mas contra todo o Universo. Estamos todos no mesmo comboio. Fazemos parte da mesma viagem. Não há salvação individual.
Apenas ações sistemáticas de respeito aos direitos e práticas coordenadas de luta pela justiça são capazes de garantir a continuidade e a qualidade da existência em sua totalidade.
“Se o poeta é quem sonha
o que vai ser real, vou sonhar coisas
boas que o homem faz e esperar
pelos frutos no quintal”
o que vai ser real, vou sonhar coisas
boas que o homem faz e esperar
pelos frutos no quintal”
(Milton
Nascimento)
MAURO
SÉRGIO SANTOS
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