(1ª parte)
Prof. Dr. Silvio Wonsovicz
Para aqueles que respeitam e vibram com a infância e todos os que lembram com saudades dos tempos de criança uma frase de quem, ainda hoje empina pipas e solta os pensamentos: “sem vento não tem pipas”. Utilizo da mesma frase para todos os educadores – “sem educandos não há escolas” e, também para os que buscam um ensino filosófico desde os primeiros anos – “sem as crianças não se filosofa e elas são filósofas por essência”.
Quanto menores as crianças e aqui quero pensar, com cada leitor, os alunos da Ed. Infantil e dos primeiros anos escolares, que são muito questionadores e investigadores. Eles estão querendo saber o porque de tudo e entender o que e como tudo acontece. Por isso tem algo em comum com os filósofos, estão e são inquietos, curiosos, questionando tudo e, muitas vezes é só o questionamento o que importa.
Filosofar: soltando pipas contra o vento
É nos primeiros anos de vida que se inicia nas crianças o desenvolvimento de habilidades, tanto motoras quanto cognitivas, afetivas quanto sociais. Também a criação de maneiras de se relacionar com as pessoas e com o mundo. Nada melhor que neste primeiro instante de desenvolvimento e aprendizagem iniciar uma introdução ao filosofar. A pergunta que fica para os adultos responsáveis por esse início é muitas vezes traduzida por: como introduzir crianças ao filosofar?
Respostas podem ser pensadas a esta pergunta e uma certeza nós podemos ter: “crianças são filósofas enquanto pensam, sentem e agem”. Portanto ao desafiarmos crianças pequenas a soltarem seus pensamentos, escutarem os seus pensamentos e dos outros, a olharem o mundo pelo olhar dos colegas, estamos soltando pipas contra o vento. Isto é mostrando para aqueles que pensam que a filosofia é coisa muito séria para ser feita por crianças que as pipas somente podem voar se forem empinadas contra o vento.
Aqueles que se lembram da própria infância e os que conhecem crianças hoje sabem que elas sempre estão abertas à aprendizagem e, com todos os recursos necessários para sua sobrevivência na perspectiva de compartilhar e conviver (entendido como com-partilhar e com-viver). As crianças são naturalmente “questionadoras e investigadoras”, admirando-se (no sentido aristotélico do filosofar) com o mundo em que começam a existir. Motivadas por uma fome de compreender todas as coisas, por isso a imensidade de perguntas pois, há uma disposição para aprender e compreender e aí surge o primeiro filosofar pois, tudo é novidade e, é preciso falar sobre isso.
Assim como soltar pipas mostra uma leveza e um estado de ânimo, a pureza das crianças é linda e, todos os que soltam os pensamentos percebem a leveza da criança ao se manifestar, por isso elas devem ser cuidadas com muito respeito, entendimento e carinho, para que através da aprendizagem reflexiva, o desenvolvimento seja sadio em todos os aspectos. Assim filosofar ajudando a desvendar o mundo, a criar perguntas que as auxiliem nessa exploração e descobertas; a encontrar respostas e perceber que nem tudo tem resposta; a encontrar e construir significados e conceitos; a desenvolver um pensamento e imaginação através de atividades sadias e edificantes. Soltar os pensamentos e organizar as ações com a leveza e encantamento de soltar pipas contra o vento para que a mesma possa ir mais longe.
O TEXTO BASTA POR SI SÓ; DESPENSA QUALQUER COMENTÁRIO.
ResponderExcluirA VIDA SEGUE MESMO ASSIM, DE MÃOS DADA COM A FILOSOFIA.
FILOSOFAR É APRENDER NOVOS CAMINHOS, QUE NOS LEVEM A UM SÓ DESTINO,TODAVIA, O DO ENQUILIBRIO CORPO, ALMA E ESPÍRITO.
Texto interessante. Gostarei de conhecer as partes seguintes.
ResponderExcluirAplicarei em uma vivência que realizarei com grupos de professores.
Agradeço-lhes,
Edinéa
Acredito que as criancas devem ser tratadas com mt respeito, pois daí vem toda liberdade de expressão futura e de equilïbrio. O texto é mt bom!
ResponderExcluirPaz e bem!