quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A GRADE

Daqui de onde descanso após o almoço, minha imaginação voa nas asas do espaço-tempo, numa relatividade sem fim.

Após ler um texto pedagógico, o qual analisa o planejamento escolar para o ano de 2003; por repetidas vezes, li o vocábulo GRADE CURRICULAR, então uma tristeza me invade e dela nasce uma profunda reflexão sobre a  palavra GRADE.

Penso nas GRADES colocadas em cada porta e janela dos lares brasileiros, para nos dar segurança, contra os excluídos............

Penso nas GRADES colocadas nos veículos, para evitar que sejam furtados, pelos excluídos...............

Penso nas GRADES postas nos jardins e monumentos das praças, com o intuito de protegê-las de nossas insanidades, contrariando nosso querido poeta Castro Alves, que disse: “A praça é do povo assim como o céu é do Condor”................

Penso nas GRADES das FEBEM’s onde crianças, adolescentes e jovens são seviciados, torturados e humilhados, onde suas integridades físicas, psíquicas  e cidadanias, não possuem nenhum valor para o Estado Brasileiro............

Penso nas GRADES das delegacias e penitenciárias, as quais detêm os outrora excluídos do sistema educacional, pela incompetência dos pais, do Estado, da sociedade e dos educadores.............

Penso na GRADE CURRICULAR, vocábulo agressivo, castrador, cujo sentido talvez, seja o mesmo das outras GRADES; dar uma pseudo segurança  e sufocar a liberdade: de imaginar, de pensar, de criar, de sonhar, de dialogar, de transdisciplinar, de politizar, de coletivizar, de amar, de pacificar................



Carlos Rosa
Carlos Antônio Gonçalves da Rosa
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