Profª. Valdirene
Barbosa Ferreira*
Tudo parecia perfeito,
quando surge algo estranho, um, tal de Dondon, era esquisito, magro, vestia-se
com transparência, vivia com seu capuz, estava sempre pronto a servir bastava
ser solicitado; não tinha hora marcada, a qualquer momento estava sempre à
disposição de alguém.
Então, certo dia Dondon se
encontrava muito triste. Como servia sempre, as pessoas o usavam para
satisfazer os seus desejos. Quando queriam usavam-no para fazer o bem contar
notícias maravilhosas, Dondon ficava feliz, ele se sentia maravilhado por fazer
parte de grandes acontecimentos. Quando era usado para descrever um péssimo
acontecimento, Dondon se sentia angustiado, humilhado, decepcionado com sua
tarefa, pesada demais. E quando alguém utilizava para constranger o outro; para
falar grosserias nem se fala, que situação...
Assim, Dondon levantava
todos os dias imaginando quando ele iria se libertar como seria quando deixasse
de servir ao homem. Se bem que teria muito a agradecer ao homem, pois era
criação do homem. Ele existia por causa da necessidade do homem e durante sua
curta permanência existencial, de tudo viveria um pouco. Mas vivia sonhando com
o dia que não teria mais tinta, Dondon era uma caneta.
Mas uma vez, ficou
decepcionado e contente ao mesmo tempo, pois descobriu que era recarregável seu
companheiro de fazê-lo existir acabou, mas logo chegou um novo se sentindo o
dono do pedaço.
No entanto Dondon continuava
com o mesmo pensamento mesmo que trocassem sua tinta ele continuaria sendo ele mesmo, o
seu jeito e maneira de ser e existir continuaria, mesmo que em alguns momentos
de sua vida houvesse algumas mudanças “sua
personalidade” iria continuar sempre. Pois, às vezes, a mudança acontece
exteriormente para reforçar o que já existi interiormente.
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* Qual
impressão causei? Mas nele tentei brincar com as palavras e aí está..., um
começo. Caso sirva e queira ilustrar fique a vontade.
Muito
grata.
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